Foi realizada uma extensa pesquisa bibliográfica sobre o SARS-CoV-2 e os demais tipos de coronavirus existentes, com o propósito de identificar as biomoléculas essenciais para a sobrevivência do vírus no organismo humano, que pudessem servir de alvos moleculares para a ação dos fármacos.
O estudo teve início com um universo de aproximadamente 22 mil moléculas, que, após confrontação com os alvos moleculares selecionados, através de métodos computacionais, foi reduzido a um grupo de 80 moléculas potencialmente viáveis. Destes 80 compostos cerca de 10% mostrou-se efetivo contra o coronavírus no ambiente de análise virtual.
Atualmente, o projeto encontra-se na fase de verificação da viabilidade de aquisição das moléculas propostas que estiverem disponíveis comercialmente, a síntese daquelas selecionadas dentre as propostas pelo LSO, e a construção de parcerias com o Instituto de Biologia do Exército (IBEx) e a Fundação Osvaldo Cruz (FioCruz) para a realização dos estudos in vitro e in vivo, indispensáveis para confirmação do valor farmacêutico dessas moléculas contra a COVID-19.

Nesse sentido, entre as diversas pesquisas realizadas, foi disponibilizado pelo subgrupo de sistema de monitoramento, modelagem e simulação um painel de estatísticas da pandemia da COVID-19 que mede a sua evolução quantitativa com um sistema para o acompanhamento da sua evolução espacial, constituído de um mapa com sombreados coloridos de diversas tonalidades, que identificam os locais com maior incidência de contaminação pelo vírus.
Todas as informações apresentadas são coletadas de fontes públicas, tais como os dados disponibilizados pelo painel coronavírus do Ministério da Saúde, pela fonte de casos confirmados da COVID-19, do pesquisador Wesley Cota, e pelo trabalho “Cenários para a demanda vs oferta de leitos de UTIs e respiradores na epidemia COVID-19 no Brasil”, dos pesquisadores Gustavo Kay, Lucas Amorim e Gonzalo Neto.
O trabalho do IME busca apresentar as informações coletadas em um único local e inclui a elaboração de estimativas de curto prazo para a evolução da epidemia. Tais ferramentas garantem a disponibilização à sociedade de informações importantes nesse momento, contribuindo, assim, para um maior entendimento da situação e de seus desdobramentos.

A Associação de Ex-alunos do IME, Alumni IME, organizou uma ação colaborativa e já assegurou recursos para a aquisição de insumos para a fase corrente do projeto. No momento serão utilizadas impressoras 3D do Laboratório de Robótica e Inteligência Computacional do IME e impressoras particulares de ex-alunos e professores. O objetivo é fornecer um kit contendo o material para a montagem das máscaras com o manual de instruções simplificado, acomodados em um saco plástico higienizado. A produção inicial ainda foi limitada a um pequeno lote de teste, mas será expandida a fim de contribuir para o atendimento parcial à demanda da rede de Saúde pública. Um lote de 900 máscaras hospitalares tem a previsão de ser entregue nas próximas semanas.